O Festival do Maio voltou a cumprir o seu compromisso com a cultura, a liberdade e a consciência social, enchendo o Parque Urbano do Seixal nos dias 30 e 31 de maio com música de intervenção, poesia sonora e momentos de comunhão intensa entre palco e público. Organizado pela Câmara Municipal do Seixal e produzido pela Produtores Associados, o festival reafirmou-se como uma referência de resistência e celebração da cultura popular portuguesa e internacional.
✊ “Durante dois dias, vivemos momentos intensos de celebração da cultura popular, da resistência e da solidariedade, sempre com os olhos postos no futuro.”
🎸 Dia 1: O grito do rock nacional
O primeiro dia do festival foi dedicado ao rock português, num alinhamento poderoso que percorreu gerações e memórias:
- Mão Morta abriram a noite com o recém-editado álbum Viva La Muerte (2025), num concerto visceral e denso, como uma ode ao inconformismo.
- Linda Martini subiram ao palco com Passa-Montanhas (2025), trazendo uma intensidade ruidosa, emocional e irreverente, que contagiou a multidão.
- Xutos & Pontapés, no auge da sua maturidade sonora, celebraram os 40 anos do icónico álbum Cerco (1985), num concerto que foi tanto homenagem como reencontro — com a história e com o público.
Foi uma noite para gritar, lembrar e resistir, ao som do melhor que o rock nacional tem para oferecer.
🌍 Dia 2: Ritmos do mundo e da consciência
O segundo dia abriu-se à pluralidade de vozes, ritmos e geografias, promovendo uma verdadeira viagem sensorial e política:
- Capicua trouxe as suas rimas afiadas e empoderadas, sempre com a poesia e a crítica social de mãos dadas.
- Seun Kuti & Egypt 80, herdeiro legítimo do afrobeat de Fela Kuti, incendiou o palco com mensagens de emancipação e uma secção rítmica inconfundível.
- Criolo, com a sua fusão de rap, samba, reggae e emoção pura, arrebatou os presentes com a força de quem canta o amor, a dor e a utopia.
Foi um dia marcado por dança, reflexão e diversidade, em que o corpo celebrou e a consciência despertou.
📍 Um festival com identidade
Com curadoria artística de Luís Varatojo, o Festival do Maio 2025 mostrou, mais uma vez, que é possível cruzar espetáculo e pensamento, memória e modernidade. Em cada concerto, em cada palavra, ecoou o espírito de Abril, relembrando-nos que a cultura também é trincheira — e também é festa.
A todos os que estiveram presentes: obrigado por fazerem parte desta celebração da liberdade em forma de festival. O Maio passou, mas a sua força ficou.
📅 Já se pode começar a contar os dias para a edição de 2026.
